Conheça a relação de Cid Moreira com Petrópolis, onde foi homenageado como cidadão e passou os últimos dias de vida

O apresentador morreu, aos 97 anos, na manhã desta quinta-feira (03), após passar 29 dias internado em um hospital particular da cidade. Cid se mudou para a S...

O apresentador morreu, aos 97 anos, na manhã desta quinta-feira (03), após passar 29 dias internado em um hospital particular da cidade. Cid se mudou para a Serra do RJ há mais de 20 anos e compartilhava os bastidores da sua vida em uma rede social. Cid em um dos vídeos publicado por ele em sua casa, em Petrópolis Reprodução Há mais de 20 anos, Cid Moreira se mudou para Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Mas a relação com a cidade começou muito antes e se manteve até o dia de sua morte. Há 10 anos ele foi consagrado como cidadão petropolitano pela Câmara de Vereadores. Foi durante uma solenidade no Palácio Quitandinha. Ele era paulistano e se mudou para o estado do Rio em 1951 e trouxe com ele alguns sonhos, um deles era o de conhecer Petrópolis - o que foi a motivação para ele comprar uma casa na cidade. O apresentador se mudou de vez para a cidade quando se aposentou, em 1996, como contou ao g1 Noory Lisias. Ela foi fisioterapeuta do apresentador durante 15 anos e disse que há mais de 30 anos ele já tinha casa na serra. Cid passou os últimos dias de vida internado em um hospital particular da cidade. Ele morreu na manhã desta quinta-feira (3). O jornalista costumava mostrar como era sua vida na Região Serrana pelo Instagram. Ele aparecia cuidando do jardim de casa, em restaurantes da cidade e falando da rotina em casa. Na maioria das vezes ao lado da mulher Fatima Sampaio. Initial plugin text No dia 26 de agosto, um de seus últimos vídeos, Cid aparece ao lado da mulher tomando vinho e se aquecendo na frente da lareira de casa. "To aqui na minha sala, meu novo carrinho... Estamos curtindo friozinho aqui em Petrópolis", diz ele no vídeo. LEIA MAIS: Cid Moreira, ícone do jornalismo da televisão brasileira, morre aos 97 anos Mulher ficou ao lado de Cid durante os 29 dias de internação e lembra pedido do marido: 'Estão fazendo as redes sociais para mim?' Cid Moreira já apresentou Jornal Nacional de bermuda e episódio virou lenda Apesar de aposentado, o lado jornalistico dele nunca morreu. Ele ficava atento ao que acontecia na cidade e em 2022, publicou um vídeo na rede social reclamando da parte de uma rua bloqueada pelas pedras. Uma equipe da Inter TV RJ foi até o local mostrar a reclamação feita por ele que se foi assunto de uma entrada ao vivo. Jornalista Cid Moreira reclama de parte de rua bloqueada pelas pedras de Petrópolis Entrevista em casa Em janeiro de 2023, ao lado da mulher, Cid Moreira participou do primeiro programa do 'Casa, café e estilo' apresentado pela jornalista Alyssa Gomes. Ela foi até a casa dele, localizada no Bingen, em Petrópolis, onde tomaram café e conversaram sobre a vida e ele contou muitas histórias. Ao g1, Alyssa contou que ficou muito triste ao saber da notícia e relembrou que ele atendeu a equipe, no dia da gravação, com muito carinho. "Foi uma gravação emocionante. Onde eu pude estar perto do meu grande ídolo. Foi uma mistura de sensações e emoções, podendo entrevistar ali o meu grande ídolo da juventude. Eu me sinto completa e honrada, como profissional, de ter tido a oportunidade de estar com ele", disse a jornalista. Ela lembra que ele era muito perspicaz, não ter papas na língua e ter recepcionado a equipe muito bem. Casa, café e estilo - Primeiro programa da temporada exibido em 07/01/23, bloco 1 'História da bermuda' Uma das histórias mais conhecidas de Cid é que ele teria apresentado o Jornal Nacional de bermuda e paletó. E isso realmente aconteceu. Em entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, em 2023, ele revelou o que de fato aconteceu e tem haver com Petrópolis. "Estava jogando tênis aqui em Petrópolis e armou um temporal. Então eu interrompi a partida me preparei e desci. Peguei a estrada de Correias, que estava interditada porque caiu um árvore com ventania. Daí [pensei], 'e agora, o que eu faço?' Eu cheguei, o Leo batista, colega e amigo, já estava na bancada, e a Alice Maria estava enfiando a 'unha na mão', nervosa. O Leo levantou, eu sentei. Acabei de fechar a gravata no ar. Eu tenho pesadelo até hoje." Cid Moreira na bancada do Jornal Nacional Arley Alves / TV Globo